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Duas pessoas morreram e oito ficaram feridas em tiroteio na Universidade de Brown
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos. As autoridades detiveram um suspeito com cerca de 30 anos.
O tiroteio ocorreu no edifício de engenharia da Universidade, no segundo dia das provas finais, e deixou pelo menos duas pessoas mortas e oito feridas em estado crítico, mas estável, disse o presidente da câmara de Providence, Brett Smiley. A universidade da Ivy League emitiu um alerta de atirador ativo e pediu aos alunos e funcionários que se abrigassem.
Os meios de comunicação social norte-americanos adiantam que os estudantes presentes no campus foram alertados para a presença de um "atirador ativo" e incentivados a permanecerem escondidos até ordem em contrário.
A polícia, que criou um cordão de segurança em redor da Universidade de Brown, revelou que os feridos foram levados para um hospital de Rhode Island.
A polícia divulgou um vídeo que mostra o suspeito a sair do edifício, vestido com roupas escuras. Testemunhas relataram que também usava "uma máscara de camuflagem cinzenta", segundo o vice-chefe da polícia de Providence, Tim O'Hara, apelando a que as testemunhas se apresentem com qualquer informação que possa ajudar na investigação.
O presidente norte-americano lamentou o tiroteio e afirmou que se trata de uma situação "realmente terrível".
Donald Trump frisa ainda que "neste momento, só podemos rezar pelas vítimas e pelas pessoas que ficaram gravemente feridas".
Entre os seus alunos figuram líderes políticos, académicos galardoados, jornalistas ou autores premiados, como Ted Turner, fundador da CNN, ou o magnata do petróleo John D. Rockefeller Jr., empresário e filantropo que ficou famoso por ter doado centenas de milhões de dólares a causas sociais nas primeiras décadas do século passado.
Tiroteios em massa são recorrentes
Em 2024, mais de 16 mil pessoas, sem contar com os suicídios, foram mortas por armas de fogo, de acordo com o Gun Violence Archive, nos mais de 500 tiroteios em massa.
As autoridades recomendaram ainda aos habitantes do campus para permanecerem das habitações e que evitem circular na área onde foi instalado o cordão de segurança.
As autoridades detiveram um suspeito com cerca de 30 anos. Não se sabe ainda se o homem tem alguma relação com a universidade.
Donald Trump frisa ainda que "neste momento, só podemos rezar pelas vítimas e pelas pessoas que ficaram gravemente feridas".
O tiroteio ocorreu no segundo dia de exames nacionais perto do edifício Barus & Holley, um complexo de sete andares onde funciona a Escola de Engenharia e o departamento de Física.
Segundo o site da universidade privada, o edifício conta com mais de 100 laboratórios, dezenas de salas de aula e escritórios.
A Brown é uma instituição privada com cerca de 7.300 alunos de graduação e mais de três mil alunos de pós-graduação, sendo que no sábado decorria o segundo dia de exames finais do semestre de outono.
A Universidade de Brown, fundada em 1764, é uma das mais antigas instituições de Ensino Superior nos EUA, pertencendo à chamada Ivy League, uma elite de oito universidades privadas reconhecidas por serem muito seletivas na escolha dos seus estudantes.
Tiroteios em massa são recorrentes
Com mais armas de fogo em circulação do que pessoas, os Estados Unidos têm a maior taxa de mortes por armas de fogo entre os países desenvolvidos.
Os tiroteios em massa são um flagelo recorrente que os sucessivos governos não conseguiram conter até agora, uma vez que muitos americanos continuam profundamente empenhados no direito de possuir armas, garantido pela Constituição.
O Gun Violence Archive, que define os tiroteios em massa como qualquer incidente em que quatro ou mais vítimas foram baleadas, contabilizou 389 este ano nos EUA, incluindo pelo menos seis tiroteios em escolas.
A história recente dos Estados Unidos é marcada por tiroteios em massa, sem que nenhum lugar da vida quotidiana pareça estar a salvo, dos locais de trabalho às igrejas, dos supermercados às discotecas, das ruas aos transportes públicos.
De entre todos estes massacres, os que são cometidos nas escolas ou que têm como alvo as crianças deixam uma marca particularmente forte na memória coletiva.
O massacre numa escola mais mortífero da história dos EUA ocorreu em abril de 2007: um estudante com problemas mentais matou 32 pessoas no campus da Universidade Virginia Tech, em Blacksburg, antes de tirar a própria vida.
c/ agências